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Eleições 2013 - Ítalo-descendentes entram na arena. PDF Stampa E-mail
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Notizie - Interviste
Venerdì 15 Febbraio 2013 14:18



Fausto Longo, provém de uma família de Piracicaba dedicada ao trabalho com mármores,  candidato na chapa do PD trocou algumas ideias conosco na sede da FIESP onde é diretor.
P. Como entrou na politica?
R. Estou desde os 14 nos envolvido em politica e aos 18 no dia 22 de julho de 1970 me filiei ao MDB atuando para derrubar a ditadura e devolver o e Estado de Direito  ao nosso país. Minha participação sempre foi de centro-esquerda, um pouco mais a esquerda.
Meu pai  sempre se intereçou pelas vicissitudes da Itália, seus filhos nem tanto, participava ativamente das atividades do  Clube ítalo-brasileiro, da Sociedade italiana de Piracicaba, da Sociedade italiana de Mutuo Soccorso, do Clube Cristovão Colombo, pois os italianos significaram os alicerces na industrialização da cidade. Temos que defender no Parlamento italiano a implementação de politicas públicas  que facilitem uma maior integração entre os italianos da península e os que estão no mundo, como dois irmãos que dormem em  camas separadas mas queremos que os sonhos deles sejam os mesmos. Para construir  esta unidade  de sonhos é necessário que um conheça a historia do outro e a origem da realidade que  vivemos hoje. Cabe à Itália ensinar a sua população esta historia extremamente honrada  porque a maioria das pessoas que saíram da Itália na época estavam na miséria e foi um acordo que considero espúrio entre o rei Humberto I e o imperador Pedro II no sentido que os italianos passando fome viessem para cá para substituir  a mão de obra escrava, com promessas que não foram cumpridas. Vieram fazer a “América” mas fizeram três e muito bem feitas e que hoje podem contribuir muito pela estabilização politica e econômica da península. Os italianos natos devem ter orgulho do que fizeram seus antepassados que emigraram, não fosse a garra, o comprometimento, a visão, a forma de trabalhar que trouxeram para cá  quem sabe o Brasil hoje ainda continuaria a ser uma colônia, não a potência que se prospecta  para um futuro próximo..
P. Com a ação dos parlamentares  que se elegerão  neste mês no exterior e com os colegas  do parlamento em Roma não seria oportuno reestabelecer  o “Ministero degli Italiani all’Estero”?
R.  A primeira questão que devemos colocar é  um país que tem 60 milhões de cidadãos espelhados pelo mundo significa que a inserção econômico-cultural e civilizatória desta gente é a redimissão  econômica da própria Itália, a possibilidade de devolver  o direito de sua juventude de sonhar, de ver uma perspectiva futura com melhores horizontes, porque sabemos que hoje  tem jovens, e não só, que estão se suicidando porque não veem nenhuma perspectiva futura! Como puderam os governantes chegar a este estado de coisas!  Fico preocupado porque o Berlusconi infelizmente é o verdadeiro Capitão Schettino, o que fez foi tombar a Itália como se fosse o Costa Concordia que está afundado no mar Tirreno e a Itália  hoje está de costas à uma Europa rica. A Itália devia estar hoje  no centro do contesto europeu para encontrar novos caminhos, ela não pode perder a capacidade de pensar e sonhar o
futuro, não poeticamente mas  racionalmente porque uma característica  do povo italiano é a sua capacidade de transformar sonhos em realidades.
P. Falando nas eleições. Acho o sistema atual muito primitivo, provinciano e inadequado e não engloba de fato  os italianos no exterior, os da América meridional certamente não. Até agora as propostas dos candidatos foram sempre as mesmas: as criancinhas, os velhinhos, a assistência, as filas nos consulados, a língua, como se consegue tirar mais dinheiros da Itália, etc. Temos 4 circunscrições eleitorais e o da América meridional é enorme, não será possível continuar da mesma forma em que a Argentina com 40 milhões de habitantes e 500 mil votantes italianos e ítalo-argentinos eleja 3 deputados e 2 senadores enquanto o resto do total de países no continente elegem apenas 1 (hum) mesmo assim ajudado pelos votos argentinos, votos que vão para a legenda e não no nome do candidato. Creio que a única maneira disso mudar  será através das agremiações politicas  de cada nação numa cooptação englobando efetivamente  os ítalo descendentes nas eleições italianas, pois quem irá eleger os 12 deputados e 6 senadores para o parlamento italiano serão os cidadãos com dupla nacionalidade destas nações, são cidadãos que votam seja para no país onde nasceram e também no país de origem de seus antepassados, porque quando desaparecer a geração que emigrou  depois da II guerra, como a minha, não vai ficar quase nenhum italiano nato no continente e os políticos destes países devem despertar para esta nova realidade, porque também cidadãos das outras nações votam nos seus respectivos consulados.
R. Uma das propostas que tenho enquanto Secretario do Partido Socialista no Brasil é de identificar quantos são os italianos natos e descendentes que estão nos partidos progressistas e promover  um 1º Encontro  para criar uma comunidade integrada politicamente porque muitos ítalo descendentes nos diversos países são políticos que se elegeram nos respectivos parlamentos, senados, são ministros,  governadores e até presidentes de república. Faremos um esforço para  unir estas pessoas  em congressos, encontros anuais  para discutir sobre as relações  com a Europa e o mundo. O socialismo ao qual pertenço, busca equivalência de oportunidades para todos, solução para as necessidades coletivas  e dos anseios  para que o ser humano seja feliz em um socialismo plural, ético, generoso.
P. Uma das falhas observadas nos parlamentares eleitos no exterior é a falta de propostas em favor dos residentes na península
R. Minha luta, se for eleito, será  a de usar a tribuna e não importa se será em Roma, Brasília ou em outras partes do mundo, para defender projetos de lei que possam conduzir a uma sociedade mais generosa, mais justa e igualitária. Criar leis, politicas  públicas que possam transforma-nos em um só povo, sermos italianos, não separados dos outros povos mas unidos pela consanguinidade, herança genética que é originada de uma mesma cultura, história que nasceu na península e se espalhou pelo mundo primeiramente com os Romanos no Mare Nostrum, mas hoje o mare nostrum da Itália são os mares e oceanos que unem os italianos dos cinco continentes e não mais a visão míope, medíocre, pequena do campanilismo iatual. Construir e consolidar o projeto  que somos um só povo, pressupõe leis para facilitar o acesso a língua, a cultura e a própria terra de origem além de procurar alterativas para  o crescimento econômico.
Em relação ao tema dos Partidos, acho que cada vez mais devem se aproximar das questões sociais dos euro-descendentes e no nosso caso dos ítalo-descendentes como está acontecendo na eleição atual em que o PD, o Partido Socialista no Brasil, o PT, o PMDB e o PPS com Renata Brustolini Bueno que é de alma socialista e o Fabio Porta procuraram e obtiveram o apoio destas agremiações. É inevitável que  nossos partidos acabem se envolvendo, porque o numero de italianos e oriundos na América Meridional constitui uma alavanca eleitoral que estas agremiações não podem desprezar.

P.S.Fausto Longo é candidato a senador pelo Partito Democratico italiano de centro esquerda, é Secretário do Partido Socialista no Brasil, entre outros cargos, foi Vereador na Câmara Municipal de Piracicaba, é  “Cavaliere della Stella della Solidarietà” outorgada pelo presidente da República Italiana, é diretor da FIESP/CIESP.

Venceslao Soligo

 

 

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