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Notizie - Brasile |
Martedì 19 Ottobre 2021 16:13 |
Para atender esse objetivo de alimentar o mundo, o agro brasileiro precisará aumentar ainda mais sua produtividade, como por exemplo, na pecuária, cujo potencial estimado de produção é entre 10 a 12 arrobas/hectare/ano. Atualmente, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a média nacional está em torno de 3 a 4 arrobas/hectare/ano no país enquanto que o Mato Grosso, em 2020, chegou à 4,6 arrobas/hectare/ano. “Tenho a certeza de que é possível produzir muito mais por hectare na pecuária, devido ao empenho, experiência e conhecimento dos pecuaristas brasileiros. Mas, será fundamental trabalhar alguns aspectos, como a recuperação de pastagens degradadas, a melhoria na nutrição animal por meio da suplementação à pasto, o bem-estar animal, com técnicas sustentáveis de manejo, e incorporação em larga escala dos ganhos genéticos já alcançados pelo setor”, explicou Beduschi. Ele ainda acrescentou que a produtividade também está ligada à necessidade de assistência técnica, não apenas na hora para reformar os pastos mas durante o ciclo de produção (manejo, adubação, entrada e saída dos animais no pasto), e de investimento, estimado em R$ 6 a R$ 9 mil por hectare, dependendo das necessidade da propriedade e de capital de giro. Somada à questão da produtividade, há também outro ponto crucial para a exportação de produtos agropecuários nas próximas décadas: a preservação ambiental. “Cada vez mais, as nações têm buscado implementar uma legislação mais rígida para a compra responsável de commodities, proteínas em geral e alimentos”, ressaltou Beduschi, no evento online do Movimento BW, iniciativa da Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema). Dois exemplos são a China, por meio da Associação de Carnes da China (CMA), que divulgou novos critérios nessa área; e dos Estados Unidos, que começam a discutir uma legislação mais rigorosa, com apoio de multinacionais de alimentos. Ainda nesse tema, o consumidor brasileiro também está seguindo por esse mesmo caminho, exigindo produtos mais sustentáveis. Por isso, o Líder da NWF no Brasil alertou que o agronegócio deve estar atento a esse cenário para atender as demandas estabelecidas por seus compradores. “O setor tem total condições de cumprir com sua missão de fornecer alimentos seguros e nutritivos para a população, preservando o meio ambiente, ou seja, sem qualquer ocorrência de desmatamento de biomas, de empobrecimento de solos ou de queimadas. Aliás, nosso potencial é muito grande para ter um balanço favorável de carbono na produção, e para reduzir a pegada hídrica”, comentou Beduschi. Contudo, ele ponderou que é preciso dar mais celeridade a esses dois aspectos e, ao mesmo tempo, comunicar o que está sendo feito no país. Para isso, a rastreabilidade é fundamental uma vez que oferece ao mercado informações confiáveis sobre a origem daquele produto até a gôndola do supermercado. “O mercado não quer perfeição, quer ver o progresso! E, o Brasil possui uma base de dados cadastrais que pode ajudar a dar mais clareza sobre todo o caminho percorrido pelo alimento ou produto, além de ele ter o potencial de se tornar um ativo financeiro para o setor”, destacou. Por fim, ele citou ainda a importância de viabilizar o Prodes (Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite) para todo o território nacional, começando pelo cerrado, e que a transparência deve nortear o planejamento das empresas ligadas ao agro. O BW Talks Produzir alimentos e preservar biomas é igual a negócios sustentáveis está disponível no site oficial do Movimento BW.
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